Vacina: grupos prioritários no RS somam 4,5 milhões de pessoas

A manifestação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em reunião com prefeitos, de que a imunização no Brasil contra a Covid-19 começará no dia 20, às 10h, ampliou as expectativas em torno da manifestação da Anvisa sobre o uso emergencial da Coronavac e da Oxford/AstraZeneca, marcada para domingo. A fala ocorreu no dia em que o sistema de saúde de Manaus entrou em colapso, com a falta de oxigênio em hospitais. Ontem, a Anvisa voltou a cobrar a apresentação de novos documentos sobre os estudos dos imunizantes, que serão distribuídos pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan. Pazuello disse ainda que a previsão é a de disponibilizar cerca de 8 milhões de doses em janeiro.

No Rio Grande do Sul, a estrutura para viabilizar o processo de imunização está preparada. A expectativa agora, segundo a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, é sobre a quantidade de vacinas que chegará ao Estado neste mês. Considerando o total de integrantes dos grupos prioritários, que se incluem na fase 1 da vacinação, são 4,5 milhões de pessoas. “Na saúde, temos 361 mil pessoas. Idosos entre 75 e 79 anos são 260 mil. Na largada, para atender os que mais precisam de imunização, precisaríamos de 972 mil doses da vacina”, disse Arita, em entrevista ao programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba. Ela destacou que a distribuição ocorrerá de forma igualitária para todas as regiões e que haverá negociação para que a rede privada siga os mesmos parâmetros dos grupos prioritários da rede pública.

A secretária afirmou que o Estado e o país passarão todo o ano no processo da vacinação da população. A estimativa, segundo ela, é de que em meados de junho, um terço da população esteja imunizada e, no Rio Grande do Sul, na mesma época, 1,5 milhão de pessoas tenham recebido a vacina. “É um processo complexo. Pessoas abaixo de 60 anos, sem comorbidades, ainda não estão incluídas em nenhuma etapa, não há previsão”, disse. 

Início da vacinação gera preocupação extra

O início da vacinação no Brasil, aguardada com expectativa, já gera preocupação extra aos gestores: a sensação de normalidade que poderá ser repassada à ala da população que já minimiza o a gravidade da doença. Segundo a secretária Arita Bergmann, o tema foi tratado no Comitê de Crise e a comunicação será intensificada. “Mesmo com o início da imunização, as medidas de proteção, distanciamento e o uso de máscara seguirão necessários”, disse.

RS tem 77% de leitos de UTI ocupados

No Rio Grande do Sul, a taxa de ocupação de leitos de UTI apresentou, nesta quinta-feira, 77,2% de lotação, com 2.039 pacientes em 2.640 leitos disponíveis. Conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES), o índice de ocupação de leitos teve crescimento pelo segundo dia consecutivo. Do total, 977 (47,9%) pacientes eram relacionados à Covid-19.

Nessa quarta-feira, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) obrigou duas empresas produtoras de gás medicinal a manter o fornecimento de uma quantidade mínima do produto a um grupo de hospitais particulares de Manaus. O aumento do número de casos da doença e a necessária corrida para abrir novos leitos hospitalares fez com que a demanda por oxigênio medicinal aumentasse exponencialmente. 

*Correio do Povo 

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