Vacina da Pfizer será distribuída para municípios do interior do RS

O governo do Rio Grande do Sul já planeja a distribuição das vacinas da Pfizer para os municípios do interior do Estado para as próximas semanas. De acordo com a Secretaria da Saúde (SES) e o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), ao todo, são 108.810 doses do imunizante que serão enviadas às cidades gaúchas. Na noite de terça-feira, o Estado ainda recebe o lote de 39.780 doses desse laboratório, que se somam à remessa de 69.030 em estoque na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi). 

A pactuação entre SES e Cosems ocorreu a partir de solicitação do Ministério da Saúde, que orienta que as vacinas da Pfizer passem a ser aplicadas além das capitais. “Começamos a planejar a distribuição da Pfizer para todos os municípios gaúchos, e isso envolve logística diferenciada e treinamento aos vacinadores”, afirma a secretária da Saúde, Arita Bergmann, nesta terça-feira.

De acordo com a SES, as doses da Pfizer serão utilizadas para imunizar pessoas com deficiência, comorbidades na faixa etária de 39 e 38 anos e gestantes e puérperas com comorbidades e/ou gestantes ou puérperas que apresentem indicação médica após avaliação de risco/benefício.

Temperaturas 

Nas unidades de saúde que irão utilizar a Pfizer, as doses devem ser armazenadas em temperaturas entre 2°C e 8°C por, no máximo, cinco dias, período em que as vacinas precisam ser aplicadas. Nessa temperatura, não há necessidade de ultrafreezer para conservar as doses. Se houver necessidade de conservação em ultrafreezer, universidades do interior já foram contatadas e irão emprestar os equipamentos, a exemplo do que já fazem a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) em Porto Alegre.

“Como as vacinas precisam ser aplicadas em pouco tempo (um dia para transporte e quatro dias para aplicação), é fundamental que os municípios consigam fazer um agendamento e cadastro prévio de usuários, para não corrermos o risco de perdermos doses”, explica Tani Ranieri, chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

Quando forem levadas às geladeiras comuns ou refrigeradores, as vacinas da Pfizer não podem ser congeladas novamente. Para a aplicação, cada frasco com seis doses deverá ser diluído com soro fisiológico injetável, e pode permanecer à temperatura ambiente por até oito horas (duas antes da diluição e seis depois).

O laboratório recomenda a aplicação com um conjunto de agulha e seringa chamado de “baixo volume morto”, para ter o menor desperdício possível do líquido e os vacinadores conseguirem extrair todas as seis doses de cada frasco.

Desde abril, gestores e técnicos do Cevs participam de treinamentos da Pfizer para garantir a melhor distribuição, armazenamento e aplicação das doses dessa vacina. Os treinamentos, agora, também serão descentralizados para capacitar as equipes técnicas dos municípios. A primeira capacitação para equipes do interior será na próxima quinta-feira. 

 

*Correio do Povo

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