UFSM divulga primeiros resultados de pesquisa sobre saúde mental na pandemia

Foram divulgados os resultados da primeira fase da pesquisa CovidPsiq, do projeto projeto intitulado “Monitoramento da evolução da sintomatologia pós-traumática, depressão e ansiedade durante a pandemia de Covid-19 em brasileiros”, que tem o objetivo de acompanhar a evolução de sintomas emocionais ao longo de seis meses, durante a pandemia. A equipe responsável pela pesquisa é formada por médicos psiquiatras, psicólogos, professores, residentes e alunos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Franciscana (UFN) e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Na primeira fase da pesquisa, foram 3.633 participantes. Destes, 65% declararam que a saúde mental piorou durante a pandemia. O professor Vitor Calegaro, do Departamento de Neuropsiquiatria, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFSM, aponta que ter se afastado de pessoa próxima com Covid-19 foi associado com sintomas de estresse, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático. Segundo ele, o estudo demonstra a importância do cuidado com a saúde mental durante a pandemia. Em função disso, foram disponibilizadas diversas orientações no site do projeto.

 

Segunda fase

questionário referente à segunda etapa do estudo já está disponível, podendo ser respondido até 30 de junho. Contém perguntas sobre a experiência com a Covid-19, isolamento social, situação econômica, sintomas emocionais e comportamentais e hábitos de vida. Os dados são confidenciais e anônimos. O questionário é mais breve que o da primeira etapa, leva de 10 a 15 minutos para ser preenchido. Pode participar qualquer pessoa com 18 anos ou mais, mesmo que não tenha participado da primeira fase. A pesquisa é voluntária, sendo possível interromper a participação a qualquer momento.

Como na primeira fase da pesquisa observou-se que apenas 23,7% dos participantes eram homens, sendo 14,4% autodeclarados não-brancos e 19% de famílias de baixa renda, a intenção é diversificar essa amostra, para que possa ser representativa da população brasileira.

A participação é considerada importante porque, com a contribuição de mais pessoas, a equipe responsável poderá levantar dados sobre o impacto da pandemia na saúde mental dos brasileiros, a fim de gerar informações relevantes para o tratamento de transtornos mentais como depressão, ansiedade, estresse pós-traumático e uso de substâncias.

Confira o resultado completo em https://www.covidpsiq.org/resultados

*Ascom/UFSM

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