Sindicância vai apurar suposta propina de pai de Bernardo a delegada

Uma nova informação sobre a morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo, vai gerar uma sindicância na Polícia Civil. Uma das acusadas pela morte do garoto, Edelvânia Wirganovicz afirmou em depoimento que Graciele Ugulini, com quem Leandro Boldrini casou após se separar, fez comentários sobre a morte de Odilaine.

Ao delegado Marcelo Mendes Lech, responsável pelo inquérito, Edelvânia relatou que Graciele disse “que o médico deu um valor em dinheiro para a delegada Caroline arquivar o inquérito da morte de Odilaine, para não ser reaberto”, texto destacado na imagem acima. O médico seria Boldrini. Amiga de Graciele Ugulini na época do crime, Edelvânia é acusada de ter participado da morte de Bernardo.

A revelação da suposta propina teria sido feita por Graciele durante uma viagem a Três Passos, quando as duas eram transferidas em um veículo da Susepe para uma audiência na cidade no Noroeste do Rio Grande do Sul. A frase consta em uma cópia do depoimento, dado por Edelvânia em 24 de novembro na delegacia de Guaíba, cidade onde está presa desde abril de 2014, depois que o corpo de Bernardo foi encontrado enterrado em uma cova rasa no interior de Frederico Westphalen, no Norte do Rio Grande do Sul. O irmão dela Evandro, além de Boldrini e Graciele, também estão presos.

A mãe de Bernardo foi encontrada morta em 2010, dentro da clínica do marido, o médico Leandro Boldrini, na cidade de Três Passos, no Noroeste, onde ele morava com o filho. A apuração, concluída no mesmo ano, foi reaberta após uma perícia questionar a hipótese de suicídio, como havia concluído o inquérito policial realizado na época, comandado pela delegada Caroline Bamberg.

Em entrevista, a delegada Caroline Bamberg afirmou que a acusação é um “absurdo” e que só vai se pronunciar após a conclusão do inquérito reaberto para investigar a morte de Odilaine.

“Como que as pessoas vão acreditar no depoimento de uma assassina confessa”, ponderou ela, completando que não foi informada sobre a abertura da sindicância. “Não tenho nada a temer”, finalizou.

O depoimento de Edelvânia faz parte da nova investigação sobre a morte de Odilaine, reaberta em maio. Mais de 50 pessoas já foram ouvidas desde que a Justiça determinou uma nova investigação, inclusive Graciele. Foi solicitada uma perícia na arma do crime e na carta de suicídio supostamente deixada por Odilaine. O corpo dela também foi exumado.

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Documento gerado a partir do depoimento de Edelvânia (Foto: Jonas Campos/RBS TV)

G1

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