Senadores apresentam ao STF notícia-crime contra Jair Bolsonaro

Os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) protocolaram no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira, 28, notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro, por conta da denúncia feita pelos irmãos Miranda de que ele não teria tomado nenhuma providência ao tomar conhecimento de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde.

“A prevaricação é crime exposto no código penal e é por isso que compreendemos a necessidade de o Supremo Tribunal Federal, da Procuradoria da República instaurarem um procedimento de investigação”, afirma Randolfe.

O vice-presidente da CPI também apresentou hoje requerimento pedindo a prorrogação dos trabalhos do colegiado para aprofundar as investigações sobre irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. O senador já conseguiu as 27 assinaturas necessárias para a prorrogação.

No documento, Randolfe aponta que o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e o seu irmão, Luis Ricardo Miranda, que é servidor concursado do Ministério da Saúde, disseram na sexta-feira (25) que “o presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR)”.

Além da investigação das negociações da compra da Covaxin, a CPI também pode investigar a negociação feita pelo Ministério da Saúde para a aquisição de 60 milhões de doses da vacina chinesa CanSino, segundo o presidente Omar Aziz (PSD-AM). O contrato, de aproximadamente R$ 5 bilhões, é intermediado pela empresa Belcher Farmacêutica, alvo da Polícia Federal na Operação Falso Negativo, no Distrito Federal. Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou requerimento para que o Ministério da Saúde e a Belcher Farmacêutica encaminhem à CPI documentos com todos os detalhes acerca das negociações para venda da vacina chinesa Convidecia, do laboratório CanSino.

A CPI da Pandemia vai ouvir, na quinta-feira (1º), a partir das 10h, o empresário Francisco Emerson Maximiano, sócio-administrador da Precisa Medicamentos. A Precisa é a intermediária da compra das vacinas Covaxin, da Bharat Biotech.

O requerimento para a convocação de Maximiano foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira. O parlamentar disse que esse depoimento é importante “para que seja possível esclarecer os exatos termos das tratativas entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a aquisição da Covaxin”. Ele também disse que a oitiva do sócio da Precisa pode ajudar a “apurar eventual beneficiamento ilícito” dos envolvidos no negócio.

*Com informações da Agência Senado

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