Com a presença de estudantes e autoridades, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, participou, nesta quinta-feira (26/9), do painel Caminhos do Futuro para a Educação Brasileira. O evento, realizado no Instituto Caldeira, em Porto Alegre, reuniu especialistas da área para discutir os rumos, os desafios e as inovações nas escolas e no ensino.
Entre os painelistas, além de Raquel, também estiveram presentes a fundadora e diretora do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas, Cláudia Costin; e o diretor-executivo do Instituto Salto, Rafael Parente.
O encontro abordou temas como a melhoria da aprendizagem e os índices de avaliação, inclusão e equidades, destacando ainda a educação integral. “O caminho do futuro passa por uma formação plena, integral do aluno, que se preocupa com a plenitude do ser humano. Temos dimensões de múltiplas naturezas: intelectual, cultural, social, espiritual e psicológica”, definiu Raquel. “A educação integral articula as competências cognitivas com as socioemocionais, que são as habilidades para lidar com nós mesmos, com o outro, com o mundo e com a natureza.”
Diante de um público formado por jovens, a titular da pasta também enfatizou que o sistema educacional precisa se adaptar às transformações da sociedade. “Mudança é a característica mais permanente do ser humano. O que assusta é que as mudanças hoje são rápidas e radicais. Então é para este mundo híbrido, aberto, flexível e necessariamente colaborativo que temos de nos preparar”, apontou.
Cláudia, que atuou como professora visitante da Universidade de Harvard, reforçou os pontos apresentados por Raquel, mencionando o papel da educação no combate à desigualdade social.
“Vários estados, inclusive o Rio Grande do Sul, estão se mobilizando: é preciso acabar com a cultura de que o Ensino Médio é para poucos. Nenhum país com o mesmo nível de desenvolvimento do Brasil mantém apenas quatro ou cinco horas de aula com o argumento de que os jovens precisam trabalhar”, afirmou Cláudia. “Em tempos de formação de capital humano, considerar que trabalho precarizado tem de ser pelo resto da vida não pode ser meta da educação para nossa juventude.”
Em relação às disparidades, Parente chamou atenção para a urgência de políticas públicas que promovam a igualdade de oportunidades. “Temos um problema sério de equidade. Se olharmos para o Ensino Superior, 33% dos jovens brancos frequentam a universidade – entre os negros, esse índice cai para 18%”, citou.
A mediação foi de Felipe Amaral, do Instituto Caldeira. O painel apresentou ainda argumentos sobre a importância da valorização dos profissionais da educação, assim como a necessidade de enfrentar os desafios por meio de um ensino de qualidade que alcance todos os estudantes.
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul
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