Polícia inicia reconstituição da morte de mãe do menino Bernardo

A Polícia começou na tarde desta terça-feira, 15, a reconstituição da morte de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo que, em 2010, foi encontrada morta dentro da clínica do marido, o médico Leandro Boldrini. O consultório fica no Centro Clínico São Matheus, em Três Passos/RS. O local amanheceu com faixas pedindo justiça, nas quais constam imagens de Odilaine e Bernardo. O acesso ao prédio está proibido e as ruas próximas foram isoladas pela polícia.

Pelo menos onze testemunhas e um acusado, o médico Leandro Boldrini, ex-marido de Odilaine, vão participar da reconstituição. Como o Centro Clínico passou por reformas, uma das salas usadas mantém as características da sala de espera na época da morte de Odilaine. Já a outra sala, é o antigo consultório de Boldrini.

Cada testemunha vai dar a sua versão e tudo será gravado e fotografado. A reconstituição segue na quarta-feira, 16, com a presença de Leandro Boldrini, que está preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), acusado pela morte do filho, Bernardo Boldrini.

A mãe de Bernardo teria se suicidado dentro do consultório com um tiro. Mas a versão é contestada pela família da mulher e o inquérito foi reaberto em maio deste ano. Ao todo, 50 testemunhas já foram ouvidas. Novas perícias na arma do crime e na carta supostamente deixada pela mãe de Bernardo foram solicitadas e o corpo dela foi exumado.

O advogado da avó do menino Bernardo, Marlon Taborda, entende que a reconstituição “é uma prova importante para elucidar os fatos”. “Acredito numa conclusão diversa da primeira. Ou seja de que pode ser sido homicídio”, complementa.

Corpo foi exumado em agosto de 2015

O corpo de Odilaine Uglione, mãe do menino Bernardo Boldrini, assassinado em abril do ano passado, foi exumado na manhã de 11 de dezembro em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul.

Em maio, a Justiça determinou, a pedido da família de Odilaine, a reabertura da investigação sobre a morte dela, dada inicialmente como um suicídio. A família acredita que ela possa ter sido morta pelo ex-marido.

Relembre o caso
– O corpo de Bernardo foi encontrado pela polícia no dia 14 de abril de 2014, enterrado em um matagal de Frederico Westphalen, a cerca de 80 km de Três Passos, onde a família residia. Ele estava desaparecido desde o dia 4 de abril.

– Bernardo Boldrini foi visto vivo pela última vez no dia 4 de abril de 2014 por um policial rodoviário. No início da tarde, Graciele foi multada por excesso de velocidade. A infração foi registrada na ERS-472, em um trecho entre os municípios de Tenente Portela e Palmitinho. A mulher trafegava a 117 km/h e seguia em direção a Frederico Westphalen. O Comando Rodoviário da Brigada Militar, disse que ela estava acompanhada do menino.

– Segundo as investigações da Polícia Civil, Bernardo foi morto com uma superdosagem do sedativo midazolan. Graciele e Edelvânia teriam dado o remédio que causou a morte do garoto e, depois, teriam recebido a ajuda de Evandro, irmão de Edelvânia, para enterrar o corpo. A denúncia do Ministério Público apontou que Leandro Boldrini atuou no crime de homicídio e ocultação de cadáver como mentor, juntamente com Graciele. Conforme a polícia, ele também auxiliou na compra do remédio em comprimidos, fornecendo a receita. A defesa do pai nega.

G1

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