Movimentos Sindicais e Sociais debatem ações de prevenção e enfrentamento a pandemia

No início da tarde desse sábado, 28,   representantes de diversas entidades sindicais, movimentos sociais, estudantes e ONG’s a nível de Rio Grande do Sul, estiveram reunidos por meio de teleconferência, na qual foi criado um Comitê em Defesa da População Contra o Coronavírus, com objetivo de planejar e desenvolver ações de prevenção e enfrentamento a pandemia. 

Participaram do debate entidades CPERS, Simpro, Sintergs, Femergs, CGTB, Cut, Fessergs, UNE, UGES, entre outras. 

O encontro contou com a participação de mais de 60 pessoas dos diferentes seguimentos, onde todos tiveram oportunidade de apresentar suas ideias, planejamentos e relatar problemas que tem presenciado nesse momento, como por exemplo a falta de EPI’s para os profissionais de saúde, dificuldade de assistência a pessoas em vulnerabilidade social. Também foi destacado medidas positivas em andamento, como a criação de bancos de alimentos onde as entidades recolhem doações de alimentos para confecção de cestas básicas para distribuição. 

De Frederico Westphalen, Ivonei Fão, Diretor da Secretaria de Saúde na Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB Seccional/RS, participou da reunião.

Ivonei teve a oportunidade de apresentar a iniciativa da entidade no sentido de disponibilizar através das entidades filiadas, uma relação de alojamentos, sedes sociais e colônias de férias pertencentes ás entidades Sindicais, ofertando esses espaços físicos para que a união, estados e municípios possam efetivar a montagem de ambulatórios descentralizados para atendimento de pacientes infectados, buscando multiplicar a rede de assistência tendo em vista que o colapso do sistema de saúde é o grande causador do elevado número de óbitos a nível mundial.

A reunião teve a duração de mais de três horas, e definiu algumas bandeiras de luta que serão conduzidas pelas entidades:

  1. Manutenção do Isolamento Social progressivo com manutenção dos empregos; 
  2. Isolamento social com respeito aos direitos humanos; 
  3. Suspensão pagamento impostos, taxas e tarifas; 
  4. Revogação da EC95, que congelou o orçamento da saúde por 20 anos; 
  5. Ampliação do Bolsa Familia; 
  6. Fundo Emergencial para ações de renda mínima; 
  7. Fim dos Limites das Metas Fiscais liberando o orçamento (Fed/Est/Mun); 
  8. Fim do pagamento dos serviços da dívida pública; 
  9. Taxação das grandes fortunas.

  Durante a semana serão constituídos Grupos de Trabalho, divididos por áreas de atuação e afinidade entre as entidades como por exemplo: a) Ações emergenciais (segurança alimentar, moradia, etc..), b) Ações de Pressão aos Governos, c) Respaldo Jurídico, d) Assessoria de Comunicação, e) Assistência aos pacientes.

“Desta forma buscamos contribuir para o enfrentamento dessa pandemia, nos reunindo como cidadãos, fazendo a nossa parte e também cobrando a parcela de contribuição dos entes governamentais, pois é de fundamental importância esquecermos paixões partidárias e posicionamentos pessoais, voltando a nos comportar como nação que somos, defendendo como direito primordial do ser humano.” destacou Fão.

 

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