Movimento Vacina Já RS realiza ato em frente ao Palácio Piratini

O Movimento Vacina Já RS realizou, quarta-feira (7), um ato simbólico em frente ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, buscando pressionar as autoridades para que se mobilizem por mais rapidez no processo de vacinação contra a Covid-19, e pela garantia da imunização gratuita de toda a população gaúcha. O movimento também defende a necessidade de avançar em políticas públicas como o auxílio emergencial, em razão da situação de fome e pobreza agravada pela pandemia. Cerca de 50 pessoas, vestindo preto, seguraram cartazes com frases de protesto, pedidos pela vacina, dados sobre a realidade dos óbitos e das contaminações por Covid-19 no estado e no país.

Idealizado em São Leopoldo, o Movimento tem se expandido para mais cidades do Rio Grande do Sul, pedindo celeridade no cumprimento do Plano Nacional de Imunização, pressionando os governos estadual, federal e municipais, para que possam adquirir doses para vacinar em grande escala, de forma geral e irrestrita, toda a população.

As entidades que participaram do ato entregaram um manifesto pela vida ao presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza, e ao chefe de gabinete da Casa Civil do governo do Estado, Jonatan Bronstrup. O documento apresenta o Movimento e seus objetivos, de luta pela ampliação do número de doses e garantia de vacinação em massa da população, de desenvolvimento de um processo educativo de conscientização sobre a importância da vacina e combate ao negacionismo, além do reforço dos protocolos sanitários e fortalecimento do SUS. O Manifesto teve a adesão de 227 representações de movimentos sociais, escolas, sindicatos, associações, entidades culturais, conselhos municipais, coletivos, partidos políticos, entre outros.

Representantes do Sindisaúde-RS também participaram do ato, chamando a atenção para a luta diária dos trabalhadores em saúde do Estado, que estão arriscando suas vidas diariamente para cuidar da vida de outras pessoas. A vice-presidente do Sindisaúde-RS, Claudete Miranda, lembrou, também, da técnica de enfermagem Mara Rúbia Cáceres, de 44 anos, a primeira profissional de saúde a morrer em virtude da Covid-19 no Estado. “Hoje, no Dia Mundial da Saúde, estamos aqui, juntamente com outros sindicatos e sociedade civil, pedindo pelo olhar das autoridades para os profissionais de saúde que estão desgastados física e psicologicamente. Hoje, completa um ano da morte da Mara Rúbia, então é um dia muito simbólico para todos nós. Um dia de luto, mas também de luta. E os profissionais de saúde seguem morrendo, seja pela Covid, seja por suicídio por não suportarem a situação. Precisamos de mais vacinas para poder melhorar este cenário e que as pessoas entendam que a economia não se sustentará se nossa população continuar morrendo”, afirmou Claudete.

Cristiano Schumacher, da direção estadual do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), cobrou a necessidade urgente de vacinação em massa da população e de medidas efetivas do Governo do Estado. “Queremos que o Governador olhe, de fato, para a população mais necessitada do Estado, para a população da periferia, para a população negra, que estão sendo os mais afetados por esta pandemia. Por isso, a necessidade de vacinação em massa e, principalmente, de uma tomada de decisões efetivas, reais, por parte do Governo Estadual, para uma renda básica alimentar para estas pessoas. Precisamos de decisões para acabar com este cenário desolador”, disse Cristiano.

A data foi escolhida por marcar o Dia Mundial da Saúde, criado em 7 de abril de 1948, pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No decorrer do dia, foram realizadas atividades em diversos municípios que integram o Movimento, ações de visibilidade com faixas de luta pela vacina, cartazes de protesto, velas simbolizando as vítimas de Covid-19, materiais denunciando o crescimento da miséria em decorrência da pandemia, e a necessidade de políticas públicas de acesso a alimento e renda para a população que está em situação de vulnerabilidade social.

 

*Sul 21

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