Leite vai se reunir com representantes da Pfizer e União Química para discutir compra de vacinas

O governador Eduardo Leite anunciou nesta segunda-feira que vai se reunir na terça-feira com representantes das farmacêuticas Pfizer e União Química, que produz a vacina russa Sputnik V no Brasil, para discutir a possibilidade de o Rio Grande do Sul adquirir imunizantes sem depender do governo federal. Na semana passada, o Executivo estadual já havia sinalizado que poderia buscar essa alternativa devido ao impasse na aquisição de matéria-prima para produção de vacina contra o novo coronavírus, que gera preocupação no Palácio Piratini. “Seguimos firmes com o compromisso de garantir a imunização dos gaúchos”, escreveu o tucano nas redes sociais, informando que as reuniões vão ocorrer em São Paulo.

Nenhuma das vacinas citadas por Leite possui aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no País, e o Estado pretender fechar a compra apenas após aprovação. Até esta segunda-feira, o RS já recebeu 457 mil doses de vacinas encaminhadas pelo Ministério da Saúde – são 341 mil da chinesa Coronavac e 116 mil da Covishield, importadas da Índia. Ainda hoje, deve receber um lote adicional de mais 53,4 mil doses da Coronavac.

Criticado pela atuação na busca por inoculação nacional, o Ministério divulgou no sábado uma nota com duras críticas à Pfizer. No texto, afirma que as cláusulas da fabricante norte-americana para a venda de vacinas contra a Covid-19 são “abusivas” e que “as doses oferecidas ao Brasil seriam mais uma conquista de marketing”.

Na semana passada, o Grupo União Química iniciou a fabricação da Sputinik V no País – desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia – em território nacional, com um lote-piloto de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), o princípio ativo do imunizante. A estimativa é produzir oito milhões de doses por mês no país, assim que a planta da farmacêutica em Brasília, a Bthek, estiver operando em capacidade máxima. 

Em 17 de janeiro, a Anvisa devolveu o pedido de uso emergencial da Sputnik V ao laboratório responsável. Segundo a Agência, não foram apresentados os requisitos mínimos para que a solicitação pudesse ser analisada – apenas imunizantes que estejam na Fase 3 de estudos clínicos no Brasil podem solicitar permissão para uso emergencial. Esse não é o caso da Sputnik V.

 

*Correio do Povo 

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