Inflação oficial atinge 8,89% nos últimos 12 meses

É o maior índice desde dezembro de 2003

A inflação medida pelo  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 8,89%, nos últimos 12 meses encerrados em junho último, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o mais elevado índice acumulado em 12 meses desde dezembro de 2003, quando chegou a 9,30%.

O IPCA é o indicador oficial do governo para aferição das metas inflacionárias. O índice mede a variação do custo de vida das famílias com chefes assalariados e com rendimento mensal compreendido entre um e 40 salários mínimos mensais.

Em junho, ficou em 0,79%, acima da taxa de 0,74%, registrada no mês de maio. Com esse resultado, o primeiro semestre do ano fechou em 6,17%, mais do que os 3,75% do primeiro semestre de 2014, registrando a taxa mais elevada para o período de janeiro a junho desde 2003 (6,64%).

A principal elevação ocorreu em Despesas Diversas (0,74% para 1,63%), diante da elevação de 30,8% nos jogos de azar. Também ganharam força durante o mês os grupos Transportes (-0,29% para 0,70%), com as passagens aéreas mais caras; Artigos de Residência (0,36% para 0,72%), com o aumento de 0,82% nos aparelhos de TV, som e informática; Educação (0,06% para 0,20%); e Comunicação (0,17% para 0,34%).

O grupo de Alimentação e Bebidas (1,37% para 0,63%), conhecidos como um dos vilões da inflação, desacelerou, assim como Habitação (1,22% para 0,86%), Vestuário (0,61% para 0,58%) e Saúde e Cuidados Pessoais (1,10% para 0,91%).

Os remédios ficaram 0,64% mais caros em junho, ainda reflexo dos reajustes de 5,%, 6,35% ou 7,70% autorizados pelo governo e em vigor desde o dia 31 de março. Mesmo assim, o resultado foi menor do que em maio, o que levou o grupo Saúde e Cuidados Pessoais a desacelerar de 1,10% para 0,91% em junho.

O aumento expressivo nas taxas de água e esgoto em junho se deve à contaminação provocada pela energia elétrica mais cara em 2015, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. No mês passado, o preço administrado avançou 4,95%, o terceiro maior impacto no IPCA.

Em junho, a energia elétrica não exerceu a influência percebida em meses anteriores. Mesmo assim, Eulina não descartou novos aumentos e, consequentemente, novas pressões de custo sobre a economia como um todo.

Agência Nacional 

Zero Hora 

Foto: Divulgação

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