Em FW o ano letivo iniciou sem paralisação nas escolas estaduais

Em Frederico Westphalen, o dia da mobilização dos professores não tem escolas paralisadas na rede estadual de ensino. O 26º Núcleo do Cpers deixou a cargo dos colégios decidirem o que fariam nesta segunda-feira, 29 de fevereiro.

Na Escola Estadual de Educação Básica Sepé Tiaraju, os professores iriam explicar aos estudantes, no início desta tarde, a pauta do movimento. Na Escola Afonso Pena, ocorreu o mesmo pela manhã. “Entendemos que seria um retardo do início do ano letivo e que não queríamos quebrar a expectativa dos alunos. Compartilhamos da mesma luta. Vamos reunir os professores e informar aos pais no dia 11 de março qual será nossa postura diante das mobilizações”, explicou o diretor da Escola Afonso Pena, Claudecir Luis Frizon.

Pauta da mobilização

A luta é pelo cumprimento da Lei do Piso e contra: a terceirização; a entrega das instituições às organizações sociais; o parcelamento de salários; a militarização das escolas públicas; e a reorganização das escolas, por meio da enturmação e da redução de turnos.

O Cpers/Sindicato já anunciou que adere à sugestão da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), de fazer uma paralisação nos dias 15, 16 e 17 de março. Para o dia 18, está marcada a assembleia geral da categoria, no Gigantinho, em Porto Alegre, a fim de decidir se haverá greve.

Descontentamento com o atual governo

De acordo com material informativo distribuído pelo Cpers, o governo de José Ivo Sartori instalou um clima de terrorismo e adotou a política de desmonte da escola pública. O governo alega que enfrenta crise financeira, mas concedeu 46% de aumento ao governador e ao vice-governador, 64% aos secretários, 26,6% aos deputados, e nada aos demais servidores públicos. No caso do magistério gaúcho, a defasagem do piso salarial já chegou a 69,44%.

Os reflexos do descaso são professores e funcionários de escola com salários e 13º atrasados e parcelados, escolas sem condições de receber alunos e pais e estudantes inseguros por conta de assaltos e arrombamentos nas instituições.

Cristiane Luza/Folha do Noroeste

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