É #FAKE que TSE teria comprado 32 mil urnas eletrônicas grampeadas para definir as eleições

Circula pelas redes sociais um vídeo que sugere que o TSE teria comprado 32 mil urnas eletrônicas que já estariam com votos válidos inseridos previamente. Tome cuidado, essa notícia é falsa!

Segundo o autor da publicação, que usa o termo “STE” para fazer referência ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os equipamentos estão estocados e só seriam usados no dia da eleição. A frase “O STE comprou 32 mil urnas grampeadas para definir as eleições” foi sobreposta ao vídeo.

Em março de 2021, o TSE firmou um contrato com a empresa Positivo Tecnologia S.A para a produção de 32.609 urnas eletrônicas do modelo UE2020. O lote faz parte de uma encomenda de um total de 224.999 urnas do modelo para serem usadas nas eleições de 2022. Em resposta ao Comprova, o tribunal confirmou que a última leva dessa encomenda foi entregue na segunda quinzena de julho.

Ao contrário do que diz o vídeo, as urnas compradas não estão estocadas. O TSE comunicou que os equipamentos foram repassados para todos os 27 Tribunais Regionais Eleitorais na quantidade prevista, que possuem logística própria de distribuição e armazenamento.

Para o Comprova, canal de notícias que investigou o caso, o TSE certificou que não existem urnas eletrônicas grampeadas. “Todos os equipamentos possuem arquitetura de segurança desenvolvida pelo TSE, e tanto o projeto quanto a fabricação passam por um rigoroso processo de acompanhamento e auditoria por parte do TSE. Além disso, somente os softwares oficiais, que são integralmente desenvolvidos pela Justiça Eleitoral, são aceitos nas urnas. Os novos equipamentos também estão sendo testados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP)”, esclarece.

De acordo com o TSE, cerca de um mês antes do primeiro turno das eleições de 2022, os sistemas eleitorais serão assinados (digital e fisicamente) e depois lacrados em cerimônia pública realizada no edifício-sede da instituição. “Essa é a garantia de que os arquivos que rodarão dentro das urnas tiveram a autenticidade comprovada tanto pela Corte Eleitoral quanto pelas entidades legitimadas a fiscalizar o processo eleitoral”, assegura o tribunal.

Além disso, especialistas na área de computação com experiência no tema também afirmaram que as urnas eletrônicas têm ferramentas eficientes contra fraude. Entre os pontos destacados está o fato de eleitores e representantes dos partidos poderem acompanhar a impressão da zerézima – documento que mostra que não há votos registrados no equipamento – antes do início da votação. Eles também ressaltaram que o mesmo software é usado em todas as urnas.

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