É #FAKE que embarcação com carregamento de óleo diesel russo foi impedida de atracar nos portos de Espírito Santo

Circulam pelas redes sociais postagens que dizem que uma embarcação com carregamento de óleo diesel russo foi impedida pelo poder público de atracar nos portos de Espírito Santo. Tome cuidado, essa notícia é falsa! 

As publicações culpam o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), de impedir o atracamento de embarcação com carregamento de óleo diesel vindo da Rússia, avaliado em R$ 3,50 por litro. Segundo o texto, o objetivo do governo do estado seria boicotar os caminhoneiros e o país. A acusação é feita após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar que negocia acordo com a Rússia para importar combustível e, assim, baratear o preço no Brasil.

Entretanto, não havia qualquer tipo de embarcação russa com carregamento de óleo diesel aguardando para atracar nos terminais portuários do Espírito Santo na última semana. A Secretaria de Comunicação do governo do Espírito Santo esclareceu, em nota, que não houve nenhuma determinação do governador do estado para impedir o atracamento de navios. A pasta afirma ainda que a gestão do Complexo do Porto de Vitória é de responsabilidade do governo federal. 

A Lupa, agência de notícias que checou o fato, entrou em contato com os dois portos responsáveis pela movimentação de derivados de petróleo no estado – Complexo do Porto de Vitória e Complexo Portuário de Tubarão. Não foram encontrados registros de embarcações com essas características atracadas ou em área de fundeio, onde os navios esperam para atracar.

A assessoria de imprensa Petrobras, responsável pela operação do Terminal de Granéis Líquidos (TGL) no Complexo Portuário de Tubarão, especializado na movimentação de derivados como diesel, afirmou não ter conhecimento de nenhuma embarcação com diesel importado no local.

Em julho deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) alegou que as negociações para importar combustíveis mais baratos da Rússia estavam avançadas. No entanto, em 1º de agosto, o próprio presidente declarou que o acordo não estava chegando a lugar algum. 

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