É #FAKE que a pandemia de Covid-19 teria relação com a tecnologia do 5G

Circula pela internet a informação que diz que o Covid-19 teria relação com a tecnologia do 5G. Tome cuidado, essa notícia é falsa!   

O conteúdo é divulgado em uma sequência de oito postagens no Twitter, com a introdução que diz sobre um estudo que trata de uma conexão entre a doença coronavírus e a exposição à radiação de radiofrequência de comunicações sem fio, incluindo 5G.

De acordo com o resumo do estudo citado, os pesquisadores investigaram “um possível fator ambiental na pandemia” de coronavírus, especificamente “a radiação de radiofrequência ambiental dos sistemas de comunicação sem fio”. As postagens alegam que a covid-19 surgiu em Wuhan, China, logo após a implementação do 5G por toda a cidade e depois se espalhou rapidamente, de forma global, e por isso demonstraria uma correlação estatística com comunidades internacionais com antenas 5G instaladas. Entretanto, não há nenhuma evidência científica que comprove o que os supostos estudos dizem. 

A primeira rede nacional de telefonia móvel de quinta geração, ou 5G, foi lançada pela Coreia do Sul em abril de 2019, e os primeiros registros do novo coronavírus, em dezembro de 2019 na China. A cidade de Wuhan foi pioneira na introdução da cobertura 5G em suas telecomunicações na China, mas não foi a única. Em 1º de novembro de 2019, quase dois meses antes da notificação dos primeiros casos da covid-19, o 5G chegou oficialmente a mais de 50 cidades do país.

Mesmo assim, essa cobertura de telefonia não tinha a mesma incidência do vírus. Diversos locais afetados, como a Índia e o Brasil, por exemplo, ainda não utilizavam a tecnologia durante os maiores períodos de disseminação do vírus.

Além disso, a radiação de telefones celulares não é muito intensa e penetra pouco no corpo humano, assim como a potência emitida pelas antenas é extremamente baixa”. A Comissão Internacional para Proteção de Radiações Não Ionizantes (ICNIRP, na sigla em inglês) explica que todos os celulares, independentemente de sua geração tecnológica, “operam na faixa de radiofrequência do espectro eletromagnético, de várias centenas de megahertz a vários gigahertz, para habilitar chamadas telefônicas sem fio e transmissão de dados”. Mesmo assim, depois de 30 anos de exposição humana a radiofrequências, não temos provas científicas de que haja um efeito na saúde.

Por isso, nem essa nem outras alegações, como a de que a exposição a campos eletromagnéticos de radiofrequência interfere nas funções fisiológicas, comportamentais ou psicológicas, são verdadeiras. Alguns estudos realmente têm mostrado a existência de efeitos biológicos em parâmetros muito específicos, como sono ou estresse, isso não significa necessariamente que haja risco para a saúde. Não foram observadas alterações na respiração ou no metabolismo energético em nível celular em seres vivos expostos a ondas 5G, muito menos alterações respiratórias dramáticas típicas da pneumonia por SARS-CoV-2.

*Com informações da AFP Checamos.

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