Dia do Índio: Projeto de pesquisa da URI/FW faz resgate histórico

Nesta terça-feira, 19, comemora-se no Brasil o Dia do Índio. A data foi escolhida por um grupo de líderes indígenas que em 1940 participou do 1º Congresso Indigenista Interamericano realizado no México que aprovou uma recomendação proposta por delegados indígenas do Panamá, Chile, Estados Unidos e México para o estabelecimento do Dia do Índio. O dia seria dedicado ao estudo do problema do índio pelas diversas instituições de ensino. Todos os países da América foram convidados a participar dessa celebração.

A Universidade cumprindo seu papel comunitário e fazendo valer a base de sustentação dos trabalhos através do ensino, da pesquisa e da extensão desenvolve através do Mestrado em Educação uma pesquisa que pretende resgatar a cultura indígena.

Desde 2015, a professora Cláudia Battestin desenvolve o projeto “Resgatando a Cultura Indígena Kaingang da Região Norte do Rio Grande do Sul” que busca resgatar e valorizar a cultura e a história indígena da região. O trabalho conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul – Fapergs. E já está conseguindo alcançar o objetivo.

O interesse em pesquisar o tema surgiu pelo fato da instituição ter alunos Indígenas Kaingang. Segundo Cláudia, “a necessidade e o interesse pela pesquisa, parte do princípio de que vivemos e partilhamos a mesma região territorial, marcada pela mesma história de lutas, diversidade e exclusão. Percebemos que atualmente, são muitos os meios que temos para a integração e diálogo através das escolas, da Universidade, das Instituições religiosas, das famílias, ou seja, das comunidades”.

A professora ressalta que o trabalho pretende contribuir na valorização e no resgate da cultura indígena Kaingang, que em alguns momentos tem a história esquecida pela comunidade indígena e pelo homem não índio. A primeira parte da pesquisa resultou em uma investigação teórica e bibliográfica da cultura de cada região pertencente a região norte do Rio Grande do Sul. A segunda parte da pesquisa, que está em desenvolvimento quer recuperar, organizar, arquivar e catalogar as fotografias e documentos relacionados aos indígenas que estão no Centro de Documentação e Pesquisas Históricas do Alto Uruguai – Cedoph.

Para o desenvolvimento do trabalho, a pesquisa conta com uma bolsista. Tais Busatto é acadêmica de Psicologia e conta que procurou a professora para participar do projeto. O interesse pelo assunto estimulou a estudante que tem feito descobertas interessantes durante as pesquisas.

Trabalhar com pesquisa só engrandece e amplia as possibilidades de pensar a diversidade de nossas culturas. Um dos principais aprendizados que tenho tido neste período é o conhecimento adquirido através de princípios e valores de um tempo histórico, é pensar no outro como uma parte de si, através de um olhar sistêmico, ou seja, tendo uma visão do todo. Além disso, fazer parte deste projeto é crescer cada vez mais como futura profissional e estudante, aprendendo a não discriminar uma história sem mesmo antes ter conhecimento da mesma”, reforça Tais.

As fotos já catalogadas pelo projeto “Resgatando a Cultura Indígena Kaingang da Região Norte do Rio Grande do Sul” estão arquivadas no Cedoph e podem ser vistas pelo público mediante solicitação.

Assessoria de Comunicação URI/FW

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