Denúncias de violência contra pessoas com deficiência aumentam

Um levantamento do Ministério dos Direitos Humanos aponta que, ao longo do ano passado, 11.752 casos de violência contra pessoas com deficiência foram denunciados ao Disque 100. O serviço reúne registros de violação de direitos humanos. O número de denúncias aumentou 0,6% em relação ao ano de 2017.

Os dados coletados mostram que, assim como nos casos de violência contra mulheres, crianças, idosos e a população LGBT, os agressores normalmente são pessoas próximas das vítimas. Entre eles, irmãos, que respondem por quase 20% dos casos.

Pessoas com deficiência relataram participação dos próprios pais ou mães em cerca de 13% das agressões. Os filhos cometeram 10% dos casos de violência relatados contra pais com alguma deficiência. Já os vizinhos foram apontados como autores de 4% das violações e outros familiares foram responsáveis por quase 21% das denúncias ao Disque 100.

O perfil das vítimas é o seguinte. Na maioria das vezes, são mulheres jovens, com idade entre 18 e 30 anos, e com deficiência mental. Em cada quatro registros, três ocorreram dentro de casa.

Para tentar reprimir esses atos e investigar os agressores, a Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência apoiou a criação de delegacias especializadas nesse tipo de violência. A primeira abriu em São Paulo, no ano de 2014. Depois, no Distrito Federal e nos estados de Goiás, Minas Gerais e Ceará.

 

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