Uma delegação com mais de 60 integrantes de Frederico Westphalen e mais sete cidades rumou a Porto Alegre para participar da 15ª edição do Fórum Social Mundial. O evento, que começou terça-feira, 19, e vai até amanhã, 23, objetiva fazer um balanço das lutas anticapitalistas, discutir os desafios das classes sociais populares das mulheres e de homens que desejam uma sociedade mais humana e fraterna e, principalmente, discutir as questões que rodeiam o mundo.
Com o tema “Paz, Democracia, Direitos dos Povos e do Planeta”, espera-se entre 30 e 40 mil pessoas de todas as regiões do Brasil e dos 35 países que já confirmaram presença. Os representantes da região são membros do DCE da UFSM, do DCE da URI, da Pastoral da Juventude e da Cepers-Sindicato.
A ideia do Fórum Social Mundial é fazer um contraponto a reunião do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que desde 1971 é a plataforma global do pensamento das políticas neoliberais, que defendem a não participação do estado na economia.
Meio ambiente, políticas sustentáveis, mídia livre, cultura, direitos humanos, esporte, ética, mulheres, saúde, agricultura, famílias, população idosa, democracia e paz estão sendo debatidos e trabalhados nos quatro cantos de Por Alegre.
O Fórum Social Mundial 15 anos recebe além dos participantes, intelectuais de várias áreas, professores universitários, doutores em Política e formadores de opinião do mundo todo. Tico Santa Cruz, cantor brasileiro e conhecido por alimentar suas redes sociais com assuntos pertinentes à política brasileira é um dos nomes conhecidos que estão na programação. A Deputada Federal Maria do Rosário, o Ministro do Trabalho e Previdência Social Miguel Rosseto e o Vice-presidente da Bolívia também participam do evento.
Discutir politicas públicas e estudar os problemas do mundo e suas soluções é importante em qualquer nível, seja em um evento mundial ou até mesmo na sua rua. O estudante Vitor Hugo Lopes, Diretor de Movimentos Sociais da União Estadual dos Estudantes Livre do RS, explica a importância de representantes da região participarem de um dos mais importantes encontros existentes, responsável por debater a classe trabalhadora. “Nossa região é pobre e sofre muito com as consequências do capitalismo e do modelo de produção atual, e conseguir debater uma forma de superação ou de outras alternativas é central para todos”, finaliza.
Texto: Rafael Franceschet/Folha do Noroeste
Foto: Arquivo pessoal