Cidades gaúchas não estão cumprindo intervalo de 8 semanas entre doses da Pfizer

Apesar das orientações do Ministério da Saúde e (MS) e da Secretaria Estadual da Saúde (SES), referendadas no RS nas pactuações firmadas nas reuniões da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), para que o intervalo entre as aplicações das doses 1 e 2 da vacina da Pfizer seja de oito semanas, há municípios gaúchos que, até esta segunda-feira, seguem mantendo o intervalo que era adotado antes, de 12 semanas, ou intervalo intermediário, de 10 semanas. Entre eles estão alguns dos mais populosos, como Caxias do Sul, Pelotas, Rio Grande e Uruguaiana.
A manutenção de prazos mais longos atrapalha uma das diretrizes da campanha de vacinação, que é a de alcançar o mais rapidamente o maior número de pessoas com esquema vacinal primário completo, ou seja, imunizada com duas doses. Os intervalos superiores a oito semanas, divulgados pelas administrações em suas redes sociais, nos canais utilizados para informar a população sobre a vacinação, vem gerando, nas redes, sucessivos protestos de usuários. Via de regra, as administrações argumentam que os cronogramas são planejados e avançam de acordo com as doses recebidas. Segundo a SES, porém, todas as cidades gaúchas estão recebendo doses da vacina da Pfizer para manter o cronograma em oito semanas.
A SES admite que não consegue manter um controle sobre se os 497 municípios estão ou não cumprindo as recomendações, mas indica que, em caso de descumprimento, as pessoas podem encaminhar denúncias ao Ministério Público para averiguação. “Estamos entregando as doses da Pfizer com oportunidade para segunda aplicação em oito semanas. Estamos garantindo que a população, com tranquilidade, tome a segunda dose da Pfizer oito semanas depois da primeira. Não faltam vacinas. Todas as D2 de Pfizer estão sendo entregues com intervalo de oito semanas. Casos que cheguem ao nosso conhecimento poderão ser levados à Coordenadoria Regional de Saúde (CRE) a qual o município pertence, ou ao Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), solicitando o ajuste do município, pedindo que siga o recomendado pelo ministério, pelo Estado e em pactuações CIB”, elenca a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro de Vigilância em Saúde (Cevs) da SES, Tani Ranieri. Em Caxias, o Ministério Público informou ter instaurado expediente para solicitar que a secretaria municipal preste informações sobre a não observância do intervalo de oito semanas.

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