Brasil é o segundo país mais desigual do mundo

Após o golpe parlamentar que resultou na queda de Dilma Rousseff (PT) da presidência, o Brasil registrou, em 2018, a queda em uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ocupando a 79ª posição, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com crescimento pífio, de 0,001, em 2018, o IDH brasileiro foi de 0,761, contra 0,760 em 2017, o que levou a perda de uma posição no ranking que mede o processo de desenvolvimento humano de 189 países – quanto mais próximo de 1, mais desenvolvido.

Entre 2010 e 2017, por exemplo, a média do crescimento anual do IDH no Brasil foi de 0,004. Após o golpe, o Brasil voltou a ter um crescimento insignificante para os padrões do ranking e estagnou em segundo lugar na lista de países com maior desigualda de renda do mundo.

Com o IDH de 0,761, o Brasil fica em 79º no mundo e em 4º na América do Sul —nas duas posições, o país fica empatado com a Colômbia. O relatório também analisa as desigualdades entre homens e mulheres no Brasil. Se o IDH do universo masculino é de 0,761, o das mulheres é de 0,757 – quatro milésimos a menos. Por aqui, 61% das mulheres adultas chegam ao menos ao ensino médio, em comparação com 57,7% dos homens. Mesmo apresentando melhor desempenho nos quesitos educação e longevidade, as mulheres ficam atrás dos homens no que diz respeito à renda (41,5% menor que a dos homens). No mercado de trabalho, a participação feminina é de 54%, ante 74,4% dos homens.

Último colocado no ranking mundial do IDH, o Níger possui mais mulheres no Parlamento do que o Brasil – a representação feminina é de 17% no país africano, ante 15% aqui. Na vizinha Argentina, a porcentagem é mais do que o dobro – 39,5%.
No Índice de Desigualdade de Gênero (IDG), que faz parte do relatório, o Brasil ocupa a 89.ª posição entre 162 países que tiveram esse dado analisado. Foram consideradas as desigualdades em saúde reprodutiva (mortalidade materna e taxas de natalidade na adolescência); empoderamento (participação no Parlamento e escolaridade); e participação no mercado de trabalho.

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