O Brasil criou 306.111 vagas de emprego com carteira assinada em fevereiro, segundo os dados do Novo Caged (Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O que aconteceu
O saldo é resultado de 2.249.070 contratações e 1.942.959 demissões. O salário médio real de contratação em fevereiro foi de R$ 2.082,79, com queda de 2,4% em comparação com o valor de janeiro (R$ 2.133,21). No entanto, o valor teve ganho real de 1,4% (R$ 28,29) em comparação ao mesmo mês de 2023.
O setor de serviços foi o que mais gerou vagas em fevereiro. Foram criados 193.127 postos de trabalho formais no setor, seguido da indústria, que criou 54.448 vagas. A construção (+35.053), o comércio (+19.724) e agropecuária (+3.759) também tiveram saldos positivos de empregos no mês.
Os resultados foram positivos em 24 das 27 unidades da federação. Os maiores saldos foram verificados em São Paulo, que gerou 101.163 postos (+0,7%), Minas Gerais, que gerou 35.980 postos e e Paraná, com geração de 33.043 postos (+1,1%).
A maioria das vagas geradas foram preenchidas por mulheres. Foram 146.973 postos gerados para homens e 159.186 para mulheres. A maior geração ocorreu para jovens entre 18 e 24 anos (137.406 postos), sendo o saldo no mês positivo para pardos (+230.149), brancos (+172.807), pretos (+44.193), amarelos (+5.446) e indígenas (+2.969).
Janeiro e fevereiro de 2024
No acumulado do ano, foram gerados 474.614 postos formais de trabalho. O setor de serviços puxou o resultado positivo de 2024, com criação de 268.908 vagas formais (56,7% do saldo). As atividades de destaque foram atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (121.233) e as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (93.533).
A indústria criou 120.004 postos de trabalho, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (12.797 postos de trabalho) e para a fabricação de veículos automotores (9.969). A construção gerou 81.774 postos formais de trabalho e a agropecuária saldo positivo de 25.751 vagas.
O que é o Caged
O Caged reúne dados do governo federal sobre empregos formais. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados se referem apenas a trabalhadores com carteira assinada (CLT), e são as próprias empresas que preenchem as informações no sistema.
Desde 2020, uso do sistema do Caged foi substituído pelo eSocial. Atualmente, todas as empresas estão obrigadas a declarar as movimentações de trabalhadores formais por meio do eSocial. Com a mudança, a metodologia do Novo Caged passou a ser composta por informações dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.
Fonte: UOL